Acordei a pensar em mais uma das minhas excelentes ideias para escrever, não conseguia dormir. A ideia era uma daquelas coisas que daria uma óptima Novela (o género Literário, e não aquelas coisas com que apanhamos 3 horas todos os dias para aprender por estarmos a ver televisão em vez de estarmos a ler um bom livro ou a fazer outra coisa qualquer que valha a pena...), ou um Romance...E acreditem que as minhas ideias são, até, sempre coisas exteriores a mim, coisas que eu não faria, o que eu penso é: "é plausível o suficiente para alguém o fazer; é complicado para a vida das personagens; ia resultar". No entanto, há sempre alguma coisa que me impede de por em prática essas excelentes ideias: o facto de eu ser supersticiosa.
Dou por mim a pensar: Será que não é melhor não escrever isso? E se acontece? É que queiramos ou não, as nossas personagens ganham sempre um pouco de nós. E depois a história torna-se plausível. Será que não se pode, também, tornar real?... Esta é a pergunta que faço a mim próprias vezes sem conta. É automático. Irracional até.
Se os meus receios são infundados, não sei. Sei que a palavra tem um poder próprio que lhe é conferido por nós próprios, quer sejamos o autor ou o leitor. E mesmo que a sua realidade não saia do mundo da imaginação, talvez mesmo assim ela seja demasiado real para aquilo que eu quero.
Dilemas aparte, a verdade é que a palavra pode mudar o mundo. Desde que seja para melhor, não me oponho. Tentarei, então, dominar esta força que me repele e me fascina, para que a possa usar sem medo de me perder nas suas teias.
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