Saindo pela porta da esquina,
de rompante,
entregando o sono e a noite
distante
feita ar,
a água do renascimento,
da loucura e do fogo,
a terra de amanhã
e voando sei de cor
esta certeza
esta luz que me esmaga a solidão
a subtileza do que sou
mar
mar
quero ir, quero ficar
quero ser e procurar
dentro de mim o que sou
e o que ficou
o que restou dos dias
que não quero
dos momentos de desespero
das dúvidas existênciais...
e o que hoje sou
e não conhecem
sempre pensaram que era uma chama
efémera e apagada
pensaram em mim e nada
e eu sonhei
o que hoje sou~
mais do que pensariam
fénix de fogo eterno
e as cinzas do meu passado
o fado que soube inverter
saindo pela porta da esquina
entrando na vida com o pé direito
não forçando a entrada
tenho chave...
Uma palavra de todos os dias. Um gesto. Uma canção. Em cada dia uma cor. Em cada dia um pouco de nós.
sexta-feira, 21 de março de 2008
domingo, 16 de março de 2008
sábado, 15 de março de 2008
Dias Simplesmente Especiais
E há dias simplesmente especiais.
Dias em que nos levantamos com vontade de acordar, de domar o mundo, de sentir o sol, de sorrir...
E esses dias são especiais porque o são, por nenhum motivo e por todos, porque uma vozinha do outro lado diz que sente saudades, porque alguém elogia o nosso trabalho, porque conseguimos provocar admiração...Não sei...Por milhões de razões diferentes...
Esses dias são, fundamentalmente, especiais porque nos fazem acreditar em nós, no nosso valor, na vontade desmedida de ser melhor que sempre sentimos crescer lá no fundo e que, por várias vezes, pensámos estar perdida...Mas não está. Porque enquanto há vida há esperança. Porque sabemos o que somos e o que já conquistámos e tudo o que temos ainda para conquistar...
E voltamos a gostar de viver. Porque a vida sem vontade não tem sentido. O que nos move é a consciência do futuro e de um presente que é um caminho, uma passagem. Apreciamos a vida. Saboreamo-la. Temos vontade de a devorar...
E voltamos a acreditar. Porque em todas as vidas há dias especiais. Dias que aparecem do nada para nos dizer "olá". Dias que são como lembretes.
E sorrimos. Porque sabemos que a nossa vida nos há-de trazer muitos mais dias especiais e que os saberemos traduzir quando o momento vier...
Respiramos...
O alívio...
Afinal ainda estamos aqui.
Dias em que nos levantamos com vontade de acordar, de domar o mundo, de sentir o sol, de sorrir...
E esses dias são especiais porque o são, por nenhum motivo e por todos, porque uma vozinha do outro lado diz que sente saudades, porque alguém elogia o nosso trabalho, porque conseguimos provocar admiração...Não sei...Por milhões de razões diferentes...
Esses dias são, fundamentalmente, especiais porque nos fazem acreditar em nós, no nosso valor, na vontade desmedida de ser melhor que sempre sentimos crescer lá no fundo e que, por várias vezes, pensámos estar perdida...Mas não está. Porque enquanto há vida há esperança. Porque sabemos o que somos e o que já conquistámos e tudo o que temos ainda para conquistar...
E voltamos a gostar de viver. Porque a vida sem vontade não tem sentido. O que nos move é a consciência do futuro e de um presente que é um caminho, uma passagem. Apreciamos a vida. Saboreamo-la. Temos vontade de a devorar...
E voltamos a acreditar. Porque em todas as vidas há dias especiais. Dias que aparecem do nada para nos dizer "olá". Dias que são como lembretes.
E sorrimos. Porque sabemos que a nossa vida nos há-de trazer muitos mais dias especiais e que os saberemos traduzir quando o momento vier...
Respiramos...
O alívio...
Afinal ainda estamos aqui.
terça-feira, 11 de março de 2008
E agora sei quem sou
Interdito,
O silêncio
As horas que se perdem por aí
Na minha cara
Há o vento
E as marcas de ti
Cada vez mais cansadas
As palavras não vêm
Vagabundas
Certas, Erradas
Sonhos e Bofetadas
Entregas Profundas
Sentidos alerta
A mão que me aperta
Sou eu
A dona do mundo
O embalo do berço
A dor do amor
Surgi de rompante
Outrora tão perto
Distante
Fiz-me à estrada sozinha
Fui deusa caída
Erguida
Ergui-me
E agora sei quem sou
O silêncio
As horas que se perdem por aí
Na minha cara
Há o vento
E as marcas de ti
Cada vez mais cansadas
As palavras não vêm
Vagabundas
Certas, Erradas
Sonhos e Bofetadas
Entregas Profundas
Sentidos alerta
A mão que me aperta
Sou eu
A dona do mundo
O embalo do berço
A dor do amor
Surgi de rompante
Outrora tão perto
Distante
Fiz-me à estrada sozinha
Fui deusa caída
Erguida
Ergui-me
E agora sei quem sou
Peaceful, Peaceful
Silently closing in
The Window, shattered,
Asks Where I´ve been
And I say it´s been a while
Since my hands would grow wild
with you...
Lying, Naked
Leading time astray
The window wide open
Am I to blame?
Am I the one
Who kept you held
Inside your dreams
Inside your shell?
Insecure, Insecure
You´re a poison, not a cure
But please depend on my smile
Just for a while
Days are turning greish red
Winter´s coming in my head
Will you please leave me alone
Say you don´t want to take me home
Insecure, Insecure
I´m not the one thing you know for sure
But do depend on my smile
A little while...
Please say you care.
Silently closing in
The Window, shattered,
Asks Where I´ve been
And I say it´s been a while
Since my hands would grow wild
with you...
Lying, Naked
Leading time astray
The window wide open
Am I to blame?
Am I the one
Who kept you held
Inside your dreams
Inside your shell?
Insecure, Insecure
You´re a poison, not a cure
But please depend on my smile
Just for a while
Days are turning greish red
Winter´s coming in my head
Will you please leave me alone
Say you don´t want to take me home
Insecure, Insecure
I´m not the one thing you know for sure
But do depend on my smile
A little while...
Please say you care.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Viver para ver
Fecho os olhos...
Sinto o cheiro do Mundo
O mundo lá fora
Que não pára
O mundo que me assombra
Com as suas perguntas
Com os seus desafios
Que me alicia...
Sinto o sangue correr
Na minha cabeça
Como o corropio das gentes
A rotação da terra...
E o grito aprisionado em mim
É de dúvida e adrenalina
E uma vontade imensa
De conhecer o futuro
(E o mundo que me chama
Que me provoca...)
E as raízes dissolvem-se
E as amarras desapertam-se
E o chão move-se
E eu, onde fico?
O mundo é tão grande
E se não encontrar o meu lugar?
Ficar? Ficar?
Ir? Voltar?
Simplesmente viver para ver
Sinto o cheiro do Mundo
O mundo lá fora
Que não pára
O mundo que me assombra
Com as suas perguntas
Com os seus desafios
Que me alicia...
Sinto o sangue correr
Na minha cabeça
Como o corropio das gentes
A rotação da terra...
E o grito aprisionado em mim
É de dúvida e adrenalina
E uma vontade imensa
De conhecer o futuro
(E o mundo que me chama
Que me provoca...)
E as raízes dissolvem-se
E as amarras desapertam-se
E o chão move-se
E eu, onde fico?
O mundo é tão grande
E se não encontrar o meu lugar?
Ficar? Ficar?
Ir? Voltar?
Simplesmente viver para ver
Coimbra já não existe por nós
Coimbra;
Este som breve que se torna distante
Tão perto e tão longe
Tão sóbria e errante
Uma sombra
Que ainda persigo
Que queria deixar
e não sei
Estar aqui
Estar ali
Estar onde sempre sonhei
Tanto faz...
Coimbra
É o nome
Que não volta atrás
É o espaço que existe
E que já se foi
Como um sonho que voou
Não ficou, não parou
Morreu...
Porque para nós existe um lugar chamado Coimbra
Mas Coimbra já não existe por nós
Este som breve que se torna distante
Tão perto e tão longe
Tão sóbria e errante
Uma sombra
Que ainda persigo
Que queria deixar
e não sei
Estar aqui
Estar ali
Estar onde sempre sonhei
Tanto faz...
Coimbra
É o nome
Que não volta atrás
É o espaço que existe
E que já se foi
Como um sonho que voou
Não ficou, não parou
Morreu...
Porque para nós existe um lugar chamado Coimbra
Mas Coimbra já não existe por nós
sábado, 1 de março de 2008
Há dias em que toda a gente pensa no futuro...Nesses dias acho que pensamos em mil e uma coisas e imaginamo-nos em mil e um cenários. Todos nos parecem idílicos. E igualmente difíceis de alcançar. Esses dias poderiam ser proveitosos se não desesperassemos por tudo aquilo que não temos. O que eu acho é que estes dias, se não servissem para mais nada, nos deveriam fazer pensar. Pensar naquilo tudo que a vida nos apresenta. No incrível e variado Menu que nos parece demasiado para a nossa bolsa...Mas que não tem forçosamente de ser...A vida não é como a comida e é-nos permitido ter mais olhos que barriga. Aliás, na vida, só vinga quem tem mais olhos que barriga...Porque é que não havemos de ser eternamente insatisfeitos? Se ainda não nos sentimos felizes é porque ainda temos de continuar à procura de alguma coisa...E não só procurar desesperadamente mudar como de facto fazê-lo...Ter coragem...Avançar...Eu às vezes sinto-me parada. Estagnada...Penso em tudo o que poderia (e teria capacidade de) fazer e olho para o que tenho e acho que não é nada...E tenho medo de não ter a coragem para avançar...Será que nas alturas cruciais vou ter coragem de me fazer ao mar sem pensar naquilo que se perde, pensando apenas naquilo que se ganha ao tentar? Não sei. Será que o que se ganha supera o que se perde? A verdade é que há coisas que não se têm de perder. Podemos procurar a mudança e mesmo assim não ter de cortar os laços que nos envolvem e nos fazem sentir vivos. Eu só quero saber para que lado fica o meu caminho...Então...Vou procurá-lo...Porque nunca é tarde para tentar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)