Saindo pela porta da esquina,
de rompante,
entregando o sono e a noite
distante
feita ar,
a água do renascimento,
da loucura e do fogo,
a terra de amanhã
e voando sei de cor
esta certeza
esta luz que me esmaga a solidão
a subtileza do que sou
mar
mar
quero ir, quero ficar
quero ser e procurar
dentro de mim o que sou
e o que ficou
o que restou dos dias
que não quero
dos momentos de desespero
das dúvidas existênciais...
e o que hoje sou
e não conhecem
sempre pensaram que era uma chama
efémera e apagada
pensaram em mim e nada
e eu sonhei
o que hoje sou~
mais do que pensariam
fénix de fogo eterno
e as cinzas do meu passado
o fado que soube inverter
saindo pela porta da esquina
entrando na vida com o pé direito
não forçando a entrada
tenho chave...
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