Eu não sou poeta.
Não tenho a pretensão de o ser.
O sentido das minhas palavras perde-se
    quando são proferidas
Vagueia
Quando as penso soam-me a poesia
Quando as escrevo cheiram-me a poesia
Quando as digo, ALTO,
Quando as grito elas perdem-se por aí
E então eu deixo de ser poeta
Deixo de saber o sentido destas palavras
Elas perdem-se por estradas desconhecidas
E quem as encontra
Faz delas o que quiser
                Rasga-as,
Parte-as,
               Entrega-as a um deus qualquer
Que eu nem conheço
E as minhas palavras soam diferentes
E as minhas palavras soam, diferentes, 
        soam ao mundo e não só a mim.
 
Sem comentários:
Enviar um comentário