sábado, 29 de maio de 2010

Entre o tempo e a noite

Lugares sagrados.
Fontes de inspiração
Entes dormindo apagados
Sentidos, contados nos dedos da mão

Solilóquios
Eloquentes
                 sonâmbulos
Deixam-me cansada

Sou eu hoje, amanhã talvez não

                         CRIA!

Queria,
         talvez
Ser um pouco de mim
Um pouco mais de mim
Entrelaçada nos meandros do destino

E quem é que sabe o que isso é?

Eu não.
E não tenho essa pretensão.

Apenas sou mais um cruzado neste jogo que
nunca
há-de acabar

Hoje sou de fogo
Asas despertas pelo calor do vulcão

Amanhã feita de gelo e de vãs recordações
Recuperadas de um glaciar degelado

Sono. Só sinto sono.
E quero dormir na certeza de acordar
para um amanhã melhor

Se me perder entre o tempo e a noite
Ao menos sei que o caminho não é longo demais

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