quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Talvez o Vento Mude

Vejo a estrada que se estende à minha frente. Sinto na cara o calor do sol, este calor que me traz de volta as minhas certezas que tantas vezes se perdem no caminho. Respirar o brilho deste dia dá-me vontade de sorrir. Inspiro o calor até o sentir lá dentro, nos meus ossos. Rio-me
sozinha. O que é que isso os fará pensar? A mim faz-me pensar que tenho motivos para ser feliz. E mesmo quando o vento se levanta na estrada de poeira e me desgrenha o cabelo e me impede de andar, eu fico a pensar nesses dias descomplicados, com o calor do sol a bater-me na cara e com as certezas à flor da pele e volto a acreditar. E a estrada que se estende à minha frente volta a ter uma aura luminosa e o calor do verão volta a aquecer-me os ossos e volto a ser feliz.

Talvez o vento mude.
Talvez haja ainda um pedaço de sol.

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