quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CRISE?

E a verdade é que hoje olhamos para o futuro e não vemos nada.
 Há 10 anos atrás pensava naquilo que poderia estar a fazer e imaginava-me com um emprego estável, a fazer algo que gostasse, com uma família, com o meu espaço, com algo de meu...Hoje penso naquilo que estarei a fazer daqui a 10 meses e...não sei. Tudo é tão instável e a vida é tão difícil que, na verdade, me enojam as palavras dos políticos com as suas facilidades em fazer isto e aquilo e o mexilhão que se sacrifique e que viva uma vida da treta...Pois...A verdade é que, como milhares outros como eu, sou Licenciada e trabalho há 4 anos para não ter nada meu. Saltitando de trabalho pior em mau mas um pouco melhor e sem ter conseguido nenhuma melhoria. Trabalho para pagar as contas e não posso pensar em mais que no dia-a-dia porque ainda estou presa aos malditos recibos verdes e a trabalhos em part-time...E isso é triste...
Sinceramente não sei qual será a saída para esta situação em que nos meteram. Não sou daquelas que diz que a culpa é de todos, minha não é, que nunca tive nada e nunca gastei dinheiro que não tinha...

Mas vamos lá ver: A CULPA é de quem?

Do Governo? SIM, mas não só.

*A CULPA é das Universidades que funcionam à custa dos nossos pagamentos de propinas e, assim que se vêem livres de nós, demitem-se de qualquer dever para connosco. Ou há RESPONSABILIZAÇÃO dos institutos de ensino na colocação de jovens no trabalho ou então é melhor NÃO ABRIR VAGAS.

*A CULPA é dos bancos que enriqueceram à custa de juros usurários e daqueles que, coniventes com esta situação, sempre fecharam os olhos a isto porque lhes convinha.

*A CULPA é das cunhas que minaram o sistema por dentro, pondo nos lugares de legítimos trabalhadores, pessoas sem qualquer formação ou aptidão para eles.

*A CULPA é do funcionarismo público, que para além de ser injusto para aqueles que são BONS funcionários públicos, promove a má-educação e o facilitismo de alguns funcionários, os maus serviços e o culto de "o utente nunca tem razão". Já para resolver estas situações, que no meu caso e em muitos outros, se vão já acumulando, sugiro que comecem a usar mais o LIVRO de RECLAMAÇÕES. E depois queixam-se que vão perder regalias...Tá bem...

*A CULPA é daquelas pessoas que ganham mais de 30 mil euros por ano e ainda fazem créditos para férias. O pobre, esse, sempre viveu mal e vai continuar a viver. E não se queixa tanto porque está habituado...

E pronto, haverá outras culpas por aí...De momento não me estou a lembrar. Fiquem à vontade para compor o ramalhete...

Isto é apenas um desabafo. A verdade é que estou farta de que se fale da crise. Mas também é verdade que não podemos fechar os olhos a ela. Vamos ter uma vida da treta...Welcome to the real world...Amanhã será melhor:)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

NO TEMPO DOS AMORES DESCARTAVEIS…

O André era o grande amor da minha vida. E eu vivia no tempo dos amores descartáveis e tinha 16 anos e tinha, portanto, uma grande bota para descalçar…O choque e o horror das minhas colegas de escola mostrava-me claramente isso: é perfeitamente contra-natura amar apenas um homem até ao fim dos meus dias. Realmente não me lembro de um tempo em que isso fosse verdade, no tempo dos meus pais isso não acontecia, no dos meus avós também já não, no dos bisavós talvez…não sei porque, como é óbvio, não me lembro e não estava lá para ver. Mas às vezes sonho com um tempo em que o meu amor incondicional tivesse sido possível…Sei que posso parecer maluca, mas é verdade.

A Lina e a Suzete diziam que eu devia experimentar o Pedro, que estava interessado em mim e que, aliás, era amigo do André, e isso ajudaria a erradicar de vez esta coisa incómoda de dentro de mim. Se eu andasse com um amigo do André, diziam elas, eles não me quereriam partilhar. Mas eu não queria experimentar o Pedro, nem o João, nem o Zé da esquina…A verdade é que eu só queria o André, por muito que me envergonhasse dizê-lo…

É claro que eu não podia desabafar com ninguém da minha família. Eles iam achar que eu estava doida…O meu pai já me tinha avisado de todas as raparigas que se perdem com essa história do Amor…Disse que é natural as pessoas estarem com toda a gente que puderem, que não pode ser de outra maneira…A minha mãe, essa, ia dizer que eu ainda sou uma criança, que não sei nada da vida, que vou chegar a essa conclusão quando for tempo…Mas eu não me importava. Eu amava o André e sabia que podia fazê-lo querer-me só a mim. Propus-me começar a minha Demanda e tinha a certeza que podia passar por cima da mentalidade dos outros. Primeiro, calada. Não é fácil reconhecer a diferença.

Eu sabia que o André queria andar comigo, mas eu não queria enquanto ele não soubesse que me queria só a mim…Eu recusava-me…Ele um dia disse-me: “Olha, Bea, sabes que eu e a Joana saímos mas não há problema, não me importo de sair também contigo. Aliás, a Joana diz que és fixe e que podíamos ir ao cinema os três…”E aquilo revoltou-me… Apeteceu-me pregar-lhe um estalo…Cheguei a casa a chorar e a minha mãe riu-se de mim…”Tolinha romântica”…disse. “Só te metes em problemas”.

Eu não conseguia perceber porque não podia ter alguém que se importasse só comigo…Que me ligasse à noite a perguntar se o dia me tinha corrido bem, que aparecesse em casa para me ver quando eu estivesse doente, que adormecesse a pensar no meu sorriso…Sentia-me confusa por querer uma coisa que ninguém quer, que ninguém pode ter…Porque é que eu não podia ser como os outros?

Eu disse não ao André e no dia seguinte a Joana riu-se de mim. Ela saía com o André e com muitos outros rapazes. Era uma rapariga normal, como toda a gente me dizia que eu devia ser…Eu não queria ser como ela. Gostava de ser como eu. Por um lado eu gostava de ser especial.

(...)continua...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

I LOVED YOU ALL THE WAY(song)

Time has been hard on us
Nothing ever comes easy
I know you never meant to cry
I know you never asked for all of this

Staying strong was always worth it
The truth is that you get some things
And you don´t deserve them

Through despair and fear
It was you and me
Through the storm and the sea
Through the pain

Crying behind closed doors
Walking through neverending halls

I breathe and I can clearly see
You are my future
I never wanted to give in
And I never did

CHORUS: I loved you all the way
                  Yes I loved you all the way

Endless days and broken dreams
Almost felt like the end
Trying to make you see
Hope is never to lose

Something in your eyes
Something I needed to hang on to

Through despair and fear

It was you and me
Through the storm and the sea
Through the pain

And we made it
I could´t even believe when we made it

I breathe and I can clearly see

You in my future
You have a future
With me

CHORUS: I loved you all the way

Yes I loved you all the way

And now you say
We should have some time
To think our lives over

I thought we would never be apart...

I breathe and what I see is not clear anymore
But though you´re not in my future
I´m happy cause...

CHORUS: I loved you all the way

Yes I loved you all the way

( Porque, apesar de nunca ter tido nenhuma situação extrema na minha vida, gostaria que houvesse alguém que me amasse apesar das adversidades. Um apelo ao amor incondicional que ultrapassa qualquer barreira e que, tantas vezes, se perde à mínima dificuldade. No fundo, a questão é: que amor é esse que só sobrevive em tempos de felicidade?)

sábado, 31 de julho de 2010

Conto

Precisava de respirar. Abriu a janela e tentou farejar na linha do horizonte o lugar onde queria estar. Queria teletransportar-se para qualquer sítio no mundo onde pudesse sentir-se em casa. Era uma sensação interessante: a "inquietude" de não saber onde se deve estar, mas ter a certeza de que algures no mundo existe um lugar para nós.
Era assim que ele se sentia. Sentia-se sozinho; deslocado. Mas, mesmo assim, era feliz.
Com 32 anos, tinha aprendido que a única certeza que tinha era que só podia contar consigo próprio.
Não tinha família. Os pais tinham morrido quando ainda era uma criança. Foi viver com os avós mas a idade não perdoa e também os perdeu quando tinha 20 anos. E, desde essa altura, vivia sozinho. E não pensava na perda. Bem, talvez só de vez em quando, naqueles dias em que a saudade volta e as recordações e todos os bons momentos batem à porta da nossa cabeça. Mas, ao contrário do que possa parecer, ele não era alguém frio: a razão de não pensar muito na sua família era simples: na realidade, nunca tinha conhecido os pais. Era demasiado novo quando morreram. Era ainda um bebé. Talvez não pudesse dizer que os amava. A verdade "cruel" é que amamos apenas aquilo que conhecemos. É claro que amava os avós. Mas quando morreram, já com 80 anos, sabia que a morte é inevitável quando já se viveu tudo o que havia para viver. E conformou-se. Parece difícil de compreender. Mas para ele parecia apenas lógico. (...)
( Mais uma recordação. Há alguns anos atrás:))

Como se eu fosse transparente...
As vezes em que me viste
E disseste
"I like your style"

Sorria porque me parecia apropriado
Eras um ser distante, confuso...
Como um puzzle que eu queria resolver

E nada. Os teus olhos quentes
O frio da tua expressão
Das minhas mãos, da cerveja
Tudo roda.

Há Eu e Tu e nós não existe
A minha mente corre por ti
Mas não moras no meu coração
(Talvez há uns dois anos atrás...Vou encontrando aqui e ali os tesouros do passado. E até dentro de mim:). ansiosa por que preparem o futuro)

Nunca nos damos completamente
A uma causa sem pensar
E eu não estou cansada, não,
Quase nada
Recomeçar...

O amanhã é sempre distante
Longo e errante como nós
Perdidos sem o destino
Sempre agarrados a outra voz

Que nos ensina
Que nos vai comendo lentamente
Então e nós o que somos?

Qualquer dia, quando pudermos
Abrir as palavras era bom ver
De que são feitos os sonhos
E porque nos fazem crescer

Não sei o que essa luz me deu
Só sei que essa luz sou eu

E o que eu sei
É tão pouco, posso ver
Que as certezas não existem
E o importante é viver

O que eu sei
É só aquilo que eu sou

quarta-feira, 28 de julho de 2010

ImensaMente (Num dia qualquer de 2007:))

Andava pela rua e perguntava-se qual era o propósito da chuva cair. E o tempo passava, enquanto andava, e nem via que era, também, o mundo que estava todo a cair; e o muro da casa, e a porta rachada...E enquanto andava não via que a estrada parecia ruir, e o caminho fugir. Sabia que não era um pássaro e não podia voar, por isso continuava a andar como se tudo dependesse de nunca parar.

E de repente, todas as coisas lhe gritavam. E as janelas fechadas eram mundos que não tinha pressa de conhecer. Respirava o fumo dos carros, inalava a vida que desejava alcançar.  E as horas sucediam-se e o medo de (se) perder a latejar, de fraquejar, de ter de parar sem contar. E os olhos, quase fechados, semi-cerrados pela vontade de chorar. E, sem ter já força, continuava a andar e sabia que o sol ia acabar por se apagar e a rua ia ficar deserta e a vida ia acabar por se tornar incerta, como o caminho, e ia ter de reconhecer que, às vezes, é preciso parar para não morrer...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Passaste (Memorial a José Saramago)

Passaste

Pelas linhas do destino caminhaste
E encontraste a fé nessa palavra
Que teimava em sair
       Teimosa
Que te deixava um sopro de ilha
Nas mãos
Que te deixava lá longe mas com lugar
No coração para nós

Fugiste
Ferido e zangado
Pintaste mundos que nos imitaram
Sonhaste-nos vezes sem conta
Gritaste
Até que um dia o Mundo todo te ouviu

E hoje voltaste
A ser o pó da terra que tanto amaste

Mas esta terra há-de lembrar-se
Daqueles que por ela lutaram
daqueles que mágoas por ela sentiram
Daqueles que a quiseram enaltecer

Por isso descansa
Que essa caneta por hoje está gasta
Mas outras virão
Movidas por ti

*Apesar de não ser apreciadora da escrita de Saramago, obrigada pela força e determinação que definem os homens importantes.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Munich

Your streets are following me
Looking around, the light I see reminds me
of you

Looking inside the walls
Your walls appear to me
I´m there
Once again
I´m there

A tear crying inside of me
A soul screaming, wanting to leave
My soul
Wanting to leave
Where it´s locked inside
Where I tried to hide it
Inside

What if

I had never left
What if

Time never went by

What if I had never changed my mind

What if I had never met you
I wish I never met you
Since I met you I was never mine

Since I met you I was never mine

Never mind
never mind

I wish I never met you
Cause I always thought I was so strong

And I was
I was so strong
I could take the world on my own
I wanted to be alone

Leave me alone
Let me be alone...

But I love you
yes I love you
I love you though anguish sometimes calls

I love you
come what may

I´ve changed
I´ve changed

Need to find myself again

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Diário: 02/06/2010

Ontem resolvi voltar a cantar. Resolvi tirar a voz enfurrujada de dentro da gaveta e cantei. Senti-me confusa, primeiro, porque há algum tempo me tinha esquecido de que o podia fazer. Depois, em suaves ondas de conforto, fui-me aconchegando na música e ela em mim. E Ela disse-me: "ouve-me, eu estive sempre aqui."

À medida que as notas saíam desafinadas de dentro da garganta, à medida que se iam renovando, que se iam entoando com mais clareza dentro de mim, eu ia-me transfigurando. "Outra vez eu" pensei. Pensei isso porque julgara que me tinha perdido mas afinal não.

Cada música trazendo uma brisa nova de dentro e para dentro de mim. Algumas trazendo ventos de tempestade que me faziam tremer de emoção. A dúvida, essa, parecia já estar apagada. "Nada, nada te pode comprar", dizia-me Ela.

"Não importa o que aconteça. Quem tu és nunca irá mudar"

E eu reencontrando-me nas batidas do som e do silêncio que se fazia no meu coração. Silêncio. Porque agora que sei quem sou não me vou perder outra vez.

sábado, 29 de maio de 2010

Entre o tempo e a noite

Lugares sagrados.
Fontes de inspiração
Entes dormindo apagados
Sentidos, contados nos dedos da mão

Solilóquios
Eloquentes
                 sonâmbulos
Deixam-me cansada

Sou eu hoje, amanhã talvez não

                         CRIA!

Queria,
         talvez
Ser um pouco de mim
Um pouco mais de mim
Entrelaçada nos meandros do destino

E quem é que sabe o que isso é?

Eu não.
E não tenho essa pretensão.

Apenas sou mais um cruzado neste jogo que
nunca
há-de acabar

Hoje sou de fogo
Asas despertas pelo calor do vulcão

Amanhã feita de gelo e de vãs recordações
Recuperadas de um glaciar degelado

Sono. Só sinto sono.
E quero dormir na certeza de acordar
para um amanhã melhor

Se me perder entre o tempo e a noite
Ao menos sei que o caminho não é longo demais

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Etrom e Opmet

Cada dia é mais um dia
Perdido na imensidão das horas

E lá ao longe,
                    duas sombras vagueiam
à procura de luz

Sinto a força que me atrai para o seu vício
Sinto a alma divagar dentro de mim

Sou sua escrava
Sou sua escrava

Não depende de mim o fim

Ponto
Final

As horas que se partem em bruscas madrugadas
O que eles sabem é o que nos dizem
Que amanhã não se sabe
Se virá

Talvez

É permitido sonhar É permitido sonhar É permitido sonhar
Este sonho intermitente

E quando o vermelho abrir
É só nesse dia que tudo prende e tudo leva
É só nesse dia que Etrom e Opmet nos envolvem nas suas brisas quentes

"VIVE"
Parecem sussurrar

Murmurando que no dia em que ouvirmos a sua voz será tarde demais

E lá ao longe,
                   duas sombras vagueiam
à procura de luz

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Palavras

Eu não sou poeta.
Não tenho a pretensão de o ser.
O sentido das minhas palavras perde-se
    quando são proferidas
Vagueia

Quando as penso soam-me a poesia
Quando as escrevo cheiram-me a poesia
Quando as digo, ALTO,
Quando as grito elas perdem-se por aí

E então eu deixo de ser poeta
Deixo de saber o sentido destas palavras
Elas perdem-se por estradas desconhecidas

E quem as encontra
Faz delas o que quiser
                Rasga-as,
Parte-as,
               Entrega-as a um deus qualquer
Que eu nem conheço

E as minhas palavras soam diferentes

E as minhas palavras soam, diferentes,
        soam ao mundo e não só a mim.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sublime

De olhos vendados,
      em crise
Sonhos dissipados,
           deixados para depois
Num dia qualquer quando houver tempo
para nós os dois

A acreditar num futuro
Que será melhor
Se é que virá
E se nunca houver o amanhã?

A verdade é que não nos podemos deixar abater
Pelas marcas que o mundo nos imprime

Somos só
Tu e Eu
E este pensamento é Sublime...

Saber que algures no mundo
estás tu
Que algures pensas em mim
Saber isso faz-me sorrir

Assim...

Cada dia é mais um dia

e amanhã
apesar da chuva e do frio
ainda vamos estar aqui
            

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Poder da Palavra (03: 34)

Acordei a pensar em mais uma das minhas excelentes ideias para escrever, não conseguia dormir. A ideia era uma daquelas coisas que daria uma óptima Novela (o género Literário, e não aquelas coisas com que apanhamos 3 horas todos os dias para aprender por estarmos a ver televisão em vez de estarmos a ler um bom livro ou a fazer outra coisa qualquer que valha a pena...), ou um Romance...E acreditem que as minhas ideias são, até, sempre coisas exteriores a mim, coisas que eu não faria, o que eu penso é: "é plausível o suficiente para alguém o fazer; é complicado para a vida das personagens; ia resultar". No entanto, há sempre alguma coisa que me impede de por em prática essas excelentes ideias: o facto de eu ser supersticiosa.

Dou por mim a pensar: Será que não é melhor não escrever isso? E se acontece? É que queiramos ou não, as nossas personagens ganham sempre um pouco de nós. E depois a história torna-se plausível. Será que não se pode, também, tornar real?... Esta é a pergunta que faço a mim próprias vezes sem conta. É automático. Irracional até.

Se os meus receios são infundados, não sei. Sei que a palavra tem um poder próprio que lhe é conferido por nós próprios, quer sejamos o autor ou o leitor. E mesmo que a sua realidade não saia do mundo da imaginação, talvez mesmo assim ela seja demasiado real para aquilo que eu quero.

Dilemas aparte, a verdade é que a palavra pode mudar o mundo. Desde que seja para melhor, não me oponho. Tentarei, então, dominar esta força que me repele e me fascina, para que a possa usar sem medo de me perder nas suas teias.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Distância


No fundo aquilo que nos faz abrir os olhos. Dissipa-nos as dúvidas e faz-nos pensar. Parece-me que a mim me apazigua e me faz ter a certeza de que aquilo que eu quero está sempre ao meu lado, sempre comigo, longe ou perto...A distância não nos muda e o tempo não nos separa. Onde estiveres estou contigo. E sabê-lo faz-me bem.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Restless sadness...


Something is changing inside of me. I don´t know what. don´t know how I feel.

Fifteen...


Olhar para a frente às vezes só nos faz querer voltar atrás porque tudo tão parecia tão mais fácil quando tínhamos 15 anos e quando eramos a única pessoa a acreditar em nós, mas quando as certezas eram absolutas e não havia dúvidas que nos assolassem...E agora, todos estes anos depois, às tantas paramos para pensar e vemos que não estamos a valorizar os nossos dons...Gostamos de fazer tanta coisa que não fazemos porque estamos a perder tempo a lutar com as coisas que não nos fazem felizes...Se calhar não são coisas que estejam nas nossas mãos mudar mas fogo, não quero morrer a pensar em tudo aquilo que não consegui fazer...Claro que é importante mencionar que se somos uma daquelas pessoas que têm de trabalhar para sobreviver, que não têm paizinhos que as sustentem nem ganharam o euro milhões, assim sendo, o tempo e o dinheiro que gostavamos de dedicar às coisas importantes tem um destino muito menos interessante: as contas. Mesmo assim, é importante deixar aberta a porta da felicidade. Lutar por quem somos não é uma perda de tempo. Mesmo em cenário de crise é possível chegar a algum lugar. Desejo que todos vocês se descubram neste ano de 2010, e que possamos de facto amar aquilo que fazemos e ter a vida que plenamente desejamos. E isso não se consegue com dinheiro. Está tudo dentro de nós:)